POR QUE O SER HUMANO É ONÍVORO?
Os seres humanos têm sido onívoros ao longo de sua evolução, o que significa que nossa dieta sempre incluiu tanto alimentos de origem animal quanto vegetal. Durante os primeiros estágios da evolução humana, nossos ancestrais dependiam principalmente da caça e coleta de alimentos, consumindo carne e outros produtos de origem animal, como ovos e leite, além de frutas, vegetais e grãos.
A evidência arqueológica sugere que nossos antepassados começaram a consumir carne há pelo menos 2,6 milhões de anos. À medida que a evolução continuou, o corpo humano se adaptou a essa dieta variada, desenvolvendo sistemas digestivos capazes de lidar com diferentes tipos de alimentos.
No entanto, também é importante notar que a dieta humana pode variar de acordo com fatores culturais, geográficos e socioeconômicos. Em algumas culturas e regiões, o consumo de carne é mais comum e em outras, as dietas são baseadas principalmente em vegetais e grãos. Independentemente da escolha alimentar, é importante seguir uma dieta equilibrada e saudável para manter a saúde e o bem-estar.
O consumo excessivo de carne pode estar associado a vários malefícios à saúde, incluindo:
- Doenças cardiovasculares: O consumo elevado de carne vermelha e processada tem sido associado a um maior risco de doenças cardiovasculares, incluindo doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio.
- Câncer: O consumo de carne vermelha e processada foi classificado como um fator de risco para o câncer colorretal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e estudos sugerem que também pode estar associado a um maior risco de outros tipos de câncer, como o câncer de próstata e de pâncreas.
- Diabetes tipo 2: O consumo excessivo de carne vermelha e processada pode estar associado a um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, possivelmente devido ao alto teor de gordura saturada e heme presente nesses alimentos.
- Obesidade: O consumo excessivo de carne, especialmente de carne processada, pode contribuir para o ganho de peso e a obesidade devido ao alto teor de gordura e calorias desses alimentos.
- Doenças renais: O alto consumo de proteína animal pode colocar estresse adicional nos rins e aumentar o risco de doenças renais.
- Impacto ambiental: A produção de carne tem um impacto significativo no meio ambiente, contribuindo para a emissão de gases do efeito estufa, a degradação do solo e a poluição da água.
Portanto, é importante consumir carne com moderação e equilibrar a dieta com outros alimentos saudáveis, como frutas, legumes, verduras e grãos integrais. A escolha de carnes magras e não processadas, bem como o preparo adequado e o armazenamento seguro da carne, também podem ajudar a minimizar os riscos à saúde associados ao consumo de carne.
VOCÊ SABE O QUE É PUTRESCINA E CADAVERINA?
Putrescina e cadaverina são produtos químicos produzidos durante a decomposição de tecidos animais, incluindo carne. Esses compostos são chamados de aminas biogênicas e são produzidos por bactérias que quebram as proteínas presentes na carne em aminoácidos mais simples.
A putrescina tem um odor forte e pungente, semelhante ao de carne em decomposição, e é conhecida por atrair moscas e outros insetos que ajudam na disseminação de bactérias.
A cadaverina, por sua vez, tem um odor mais fraco, mas também contribui para o odor desagradável da carne em decomposição.
Embora esses compostos sejam naturalmente produzidos durante a decomposição de tecidos animais, a ingestão excessiva de alimentos ricos em aminas biogênicas pode ser prejudicial à saúde. A putrescina e a cadaverina podem afetar a função cerebral e cardiovascular e também foram associadas a um maior risco de câncer colorretal. Por isso, é importante evitar o consumo excessivo de alimentos em decomposição e armazenar e cozinhar a carne adequadamente para minimizar a produção de aminas biogênicas.
MALEFÍCIOS DO CONSUMO EXCESSIVO DE CARNE
Existem várias explicações bioquímicas para os malefícios à saúde humana associados ao consumo excessivo de carne. Algumas das principais são:
- Gordura saturada: A carne, especialmente a carne vermelha e processada, é rica em gordura saturada, que pode aumentar os níveis de colesterol no sangue e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
- Heme: O heme é uma molécula de ferro encontrada na hemoglobina das células vermelhas do sangue, que é responsável pela cor vermelha da carne. Estudos sugerem que o consumo excessivo de heme pode estar associado a um maior risco de câncer, possivelmente devido à sua capacidade de aumentar a formação de compostos cancerígenos no trato digestivo.
- Aminas biogênicas: Como mencionado anteriormente, a decomposição de proteínas animais produz aminas biogênicas, como putrescina e cadaverina, que podem ser prejudiciais à saúde em altas doses.
- Nitritos e nitratos: Os nitritos e nitratos são aditivos comuns em carnes processadas, como salsichas e bacon, que ajudam a preservar a carne e dar-lhe uma cor rosada. No entanto, esses compostos podem ser convertidos em nitrosaminas, que são compostos cancerígenos potentes.
- Antibióticos e hormônios: A carne convencional é frequentemente tratada com antibióticos e hormônios para promover o crescimento e prevenir doenças em animais confinados. A ingestão desses compostos pode levar à resistência aos antibióticos e outros efeitos adversos à saúde.
Logo, o consumo excessivo de carne pode levar à ingestão excessiva de gordura saturada, heme, aminas biogênicas, nitritos e nitratos, antibióticos e hormônios, que podem estar associados a vários malefícios à saúde, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes tipo 2, obesidade e doenças renais.
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