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De todos os sistemas do corpo humano, o sistema imunológico é aquele que pode lidar com a entrada de novos agentes, moléculas ou mesmo outros organismos em nosso corpo, que são considerados desconhecidos por ele. 

Este texto do blog tratará sobre esses agentes estranhos, os antígenos, e sua interação com uma das principais moléculas produzidas pelo sistema imunológico, o anticorpo.

O sistema imunológico também tem implicações na saúde mental. Pesquisas sugerem que o sistema imunológico pode afetar o desenvolvimento e a progressão de doenças mentais como a depressão e a ansiedade. 

Por exemplo, níveis elevados de inflamação no corpo, que são mediados pelo sistema imunológico, foram associados a um risco aumentado de depressão e outros transtornos mentais. Além disso, alguns estudos mostraram que o tratamento de doenças autoimunes com medicamentos que afetam o sistema imunológico pode ter um efeito positivo no tratamento de certos transtornos mentais. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender melhor a relação entre o sistema imunológico e a saúde mental.

O que é considerado um antígeno para o meu corpo pode não ser considerado a mesma coisa pelo seu. Isso ocorre porque todas as moléculas têm o potencial de serem classificadas como antígeno, basta que o sistema imunológico de um indivíduo assim o reconheça. Quando ocorre esse reconhecimento, as principais células do sistema imunológico, os leucócitos, passam a produzir uma categoria de proteínas conhecida como imunoglobulinas, ou também como anticorpos.

Os anticorpos têm uma característica peculiar. Como eles são construídos sob demanda, isto é, apenas após o contato desses leucócitos com um antígeno é que a produção de anticorpos se inicia, e também por serem altamente específicos, isto é, para cada antígeno existe um anticorpo particular, a interação entre o antígeno e o anticorpo é algo individual e bastante sofisticado, pois o encaixe das moléculas é muito preciso. Essa precisão da interação entre eles caracteriza a peculiaridade deles.

Nosso corpo intensifica a produção de anticorpos assim que nascemos. Quando saímos do útero, somos expostos a um universo de bactérias dos mais variados tipos possíveis, que invadirão todas as partes do nosso corpo sem que possamos fazer nada para evitar. Como a invasão é inevitável, o corpo terá que tomar medidas para conter o crescimento delas. Como as moléculas das bactérias são partículas estranhas, antígenos, os anticorpos começarão a ser produzidos e acabarão por encontrar os antígenos, ligando-se a eles.

Essa é a razão da possibilidade de contermos, circulando em nosso sangue, anticorpos específicos contra os antígenos A e B das membranas celulares dos glóbulos vermelhos. Por exemplo, quando temos o tipo sanguíneo A, temos anticorpos Anti-B circulando no nosso plasma. Isso acontece porque vivem dentro de nós, num processo de crescimento regulado pelo sistema imunológico, trilhões de bactérias e algumas delas possuem moléculas muito semelhantes aos antígenos B encontrados nos glóbulos vermelhos.

Após o reconhecimento de um antígeno pelo sistema imunológico e da consequente produção de anticorpos, a produção destes passa a ser uma atividade constante. Mesmo que o antígeno não esteja mais circulando pelo corpo, os anticorpos contra ele continuarão sendo capazes de serem produzidos instantaneamente caso sejam necessários. Damos a essa capacidade o nome de memória imunológica.

Essa memória imunológica é um dos principais mecanismos de defesa do organismo contra infecções futuras pelo mesmo patógeno. Quando um antígeno é encontrado pela primeira vez, as células do sistema imunológico passam por um processo de ativação e proliferação para produzir anticorpos específicos para combater aquele antígeno.

Após a resolução da infecção, algumas dessas células imunológicas permanecem em circulação no organismo como células de memória, capazes de reconhecer o antígeno caso ele volte a entrar em contato com o corpo. Essas células de memória são capazes de produzir rapidamente grandes quantidades de anticorpos específicos para aquele antígeno, antes mesmo que a infecção possa se estabelecer novamente.

A memória imunológica é responsável pela eficácia de muitas vacinas, que utilizam antígenos inativados ou atenuados para estimular a produção de células de memória específicas contra o patógeno alvo. Quando o organismo é exposto ao patógeno real, as células de memória são capazes de produzir anticorpos em quantidade suficiente para impedir a infecção, sem que haja a necessidade de passar por todo o processo de ativação e proliferação celular novamente.

Assim, a memória imunológica é fundamental para a proteção do organismo contra infecções repetidas pelo mesmo patógeno, contribuindo para a manutenção da saúde e prevenção de doenças infecciosas.

O corpo humano produz proteínas capazes de se ligar a antígenos e destruir a capacidade das células de se manterem funcionando. Essas proteínas, denominadas sistema complemento, interagem entre si de forma sequencial e são sintetizadas principalmente no fígado. Além disso, o sistema complemento aumenta a atividade fagocitária celular e induz reações inflamatórias, aprimorando ainda mais a atividade do sistema imunológico.

Entre os glóbulos brancos, os linfócitos B e T desempenham papéis específicos na produção de anticorpos. Os linfócitos B sintetizam e liberam anticorpos específicos, enquanto os linfócitos T estimulam os linfócitos B na produção desses anticorpos. A imunidade produzida nos linfócitos B é mediada pelos próprios anticorpos, e nos linfócitos T é mediada por outras células.

As doenças autoimunes ocorrem quando o corpo reconhece as próprias moléculas como antígenos, provocando severos danos estruturais. Já as alergias resultam em processos inflamatórios severos contra antígenos que não possuem a capacidade de causar grandes prejuízos, como grãos de pólen. Nesses casos, os glóbulos brancos liberam uma grande quantidade de histamina, uma molécula pró-inflamatória, e todos os sintomas da inflamação aparecem de maneira bastante intensa.

As vacinas e soros imunológicos são maneiras de utilizar o sistema imunológico para resolver problemas. As vacinas são usadas como uma medida preventiva, provocando uma ativação prévia do sistema imunológico por meio da exposição a determinado antígeno. Os anticorpos produzidos no período de adaptação protegem o corpo por um longo período, caso ele seja exposto novamente aos mesmos antígenos.

Para evitar a contaminação com o vírus presente em uma vacina, é possível retirar antígenos essenciais para o vírus e inserir outros antígenos no corpo do paciente, tirando a capacidade do vírus de causar a doença mantendo a ativação do sistema imunológico.

O sistema imunológico é responsável por proteger o corpo contra agentes patogênicos, como vírus, bactérias e outros organismos invasores. Ele é composto por diferentes tipos de células, tecidos e órgãos, que trabalham juntos para identificar e neutralizar esses agentes.

Os antígenos são substâncias que o sistema imunológico reconhece como estranhas e que podem desencadear uma resposta imunológica. Eles podem ser proteínas, carboidratos, lipídios ou outras moléculas presentes em agentes patogênicos ou em células do próprio corpo que estejam alteradas.

Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta à presença de antígenos. Eles se ligam especificamente aos antígenos e ajudam a neutralizá-los ou eliminá-los do corpo. Os anticorpos também desempenham um papel importante na imunidade adquirida, que é a capacidade do corpo de se proteger contra agentes patogênicos que já foram encontrados anteriormente.

Na vida real, entender esses temas pode ajudar as pessoas a compreender como o sistema imunológico funciona e como ele protege o corpo contra doenças. Também pode ser útil para entender como as vacinas funcionam, já que muitas delas contêm antígenos que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos contra um agente patogênico sem causar a doença real. Além disso, o conhecimento desses temas pode ajudar as pessoas a tomar medidas para manter seu sistema imunológico saudável, como manter uma alimentação equilibrada e fazer exercícios regularmente.

Existem algumas medidas práticas que você pode tomar para cuidar da sua saúde mental e do sistema imunológico. Aqui estão algumas dicas:

  • Mantenha uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes para fortalecer o sistema imunológico;

  • Pratique exercícios físicos regularmente, pois isso pode melhorar tanto a saúde mental quanto a imunidade;

  • Evite fumar e consumir álcool em excesso, pois isso pode afetar negativamente tanto a saúde mental quanto o sistema imunológico;

  • Durma bem e estabeleça uma rotina de sono adequada, pois a falta de sono pode afetar negativamente ambos os sistemas.


A mensagem educativa que posso fornecer é a importância de cuidar tanto da saúde mental quanto da imunidade. Estes dois sistemas são interconectados e influenciam diretamente na qualidade de vida de uma pessoa.


Um sistema imunológico forte pode ajudar a prevenir doenças, enquanto uma boa saúde mental pode ajudar a lidar melhor com situações de estresse e ansiedade. Portanto, é essencial manter hábitos saudáveis e buscar ajuda profissional sempre que necessário para cuidar desses dois aspectos importantes da saúde.

Vou deixar também algumas dicas práticas para cuidar da saúde mental:

1. Priorize o sono adequado e uma dieta saudável.
2. Pratique atividades físicas regularmente.
3. Dedique tempo para relaxar e fazer atividades que você gosta.
4. Mantenha conexões sociais positivas e relacionamentos significativos.
5. Reconheça e gerencie o estresse.
6. Aprenda a lidar com pensamentos negativos e desafiar crenças negativas.
7. Procure ajuda profissional, caso necessário.


Lembre-se de que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. 

Se você está tendo dificuldades, não hesite em procurar ajuda de um profissional de saúde mental qualificado. Não tenha medo de pedir ajuda ou de falar sobre seus sentimentos com amigos e familiares próximos.

Minha mensagem educativa sobre este tema é que todos nós precisamos cuidar da nossa saúde mental, assim como cuidamos da nossa saúde física. A vida pode ser desafiadora e estressante, mas existem muitas coisas que podemos fazer para melhorar nossa saúde mental e bem-estar. 

Não hesite em procurar ajuda profissional, se necessário. Você não precisa enfrentar esses desafios sozinho. Lembre-se de que a saúde mental é uma parte importante da sua vida e merece toda a sua atenção e cuidado.

Saúde, paz e bem!

Álex Cavalcante